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1.ª edição do Fashion Weekend Angola

Costurar passado, presente e futuro 

PMMEDIA Pub.
Maquilhagens retocadas, roupas ajustadas, passerelle deslumbrada e... luzes, câmara, ação! Assim começava a 1.ª edição do Fashion Weekend Angola (FWA), nos dias 27 e 28 de maio, perto dos Caminhos de Ferro, no Cool Train, em Luanda. 
Das personalidades criativas que agitaram o espaço social às celebridades nas primeiras filas do desfile, a 1.ª edição desenrolou-se sob o tema «EVOLUTION», pelo que a lente da máquina fotográfica de Patrice De Lemos permitiu captar a presença de figuras como Fredy Costa, Carmen Mouro, Celma Ribas, Dji Tafinha e muitos outros. Os demais contaram com peças especiais, que saíram do armário para marcar presença num evento de tendências, inspirado nas novas realidades e ferramentas que têm impactado o tecido da moda em todo o mundo. E, numa harmonia entre a tela floral como cenário e o belo da passerelle como centro da ação, gerou-se um bulício à volta do FWA. Como que a caminhar em pés de algodão, os modelos começavam a aparecer, elaboradamente alados, desfilando em nome de múltiplas marcas e estilistas, numa mostra coletiva, infantil e de noivas. Ótica, sportswear, moda clássica, prêt-à-porter, moda alternativa, looks trendy, vestidos de gala, enfim, estilos que resultaram em cores vivas, conjuntos chamativos e rendas ousadas. No fundo, um fim de semana dedicado a empreendedores, entusiastas da moda e criadores, que se uniram com vista a exaltar as potencialidades da moda no seu país. 

A 1.ª edição debruçou-se sob o tema «EVOLUTION»
Produzido pela B WORLD, Lda., o Fashion Weekend Angola é um projeto assinado por Karina Barbosa, a diretora criativa e de produção, que, em conversa com a V&G, revela alguns pormenores dos dois dias de evento: «Correu muito bem, os criadores e marcas apresentaram coleções bonitas, bem estruturadas e impactantes. O público aderiu bastante ao evento, este que teve transmissão em direto pelo Canal Público de Angola», explica. Durante o decorrer do FWA, o recinto disponibilizou uma Pop Up Store, onde os convidados poderiam adquirir, in loco, as peças que tinham sido expostas diretamente na passerelle. «Foi uma plataforma extra para aproximar ainda mais os criadores e marcas do consumidor final», garante a diretora criativa. A quem não foi possível marcar presença, saiba que as coleções se encontram disponíveis nas lojas online ou, então, nos ateliers das próprias marcas. 

Um fim de semana dedicado a empreendedores, entusiastas da moda e criadores
O desfecho do evento contou com o momento do FWA Awards, destinado à entrega de prémios nas áreas do digital, música e televisão. «A música, o digital e a ficção em televisão são vertentes que andam de mãos dadas com a moda e que dela precisam para compor o guarda-roupa e a imagem dos atores, artistas e influencers», clarifica Karina. Por detrás do «pano», muito mais ocorreu. Além do espetáculo visual, sucederam-se outras atividades vocacionadas para a formação/capacitação sob a forma de masterclasses, incidindo em negócios direcionados para o universo da moda. Uma estratégia que se pretende manter, nas próximas edições. Englobar mais criadores e marcas angolanas, atrair estilistas do continente africano e alcançar maior visibilidade são as perspetivas futuras de Karina para a edição do próximo ano, acreditando que a moda angolana possa vir a ser um concorrente no mercado mundial, se enveredar pelo caminho da formação, promoção e sustentabilidade. Afinal, a moda angolana não é como nenhuma outra, começando pelo sentido de identidade e criatividade. Mas aguardemos para conhecer o que o Fashion Weekend Angola tem reservado para a segunda edição. Até lá, algum palpite?
T. Joana Rebelo
F. Patrice De Lemos